O óleo de peixe pode não ser o remédio que costuma ser anunciado e, em alguns casos, pode até causar problemas. DmitriyDanilchenko / iStock / ThinkstockNota: Este artigo foi originalmente publicado em junho de 2015 e foi atualizado em janeiro de 2017 para incluir as últimas pesquisas. Minhas recomendações originais ainda estão de pé, e o caso da suplementação de óleo de peixe em altas doses se tornou ainda mais fraca. Os suplementos de óleo de peixe continuam ganhando popularidade, mas a pesquisa que sustenta sua eficácia é instável. Por mais de uma década, o óleo de peixe tem sido elogiado por médicos, nutricionistas e entusiastas da saúde poltrona tanto como uma cura perto de tudo para a saúde. Se você tem doenças cardíacas, depressão, diabetes ou problemas comuns ou de pele, ou apenas quer se manter saudável, alguém provavelmente lhe disse para tomar um suplemento de óleo de peixe.. A noção geral era de que poderia ajudar e, no mínimo, não poderia ferir. Infelizmente, esse não é necessariamente o caso. O óleo de peixe realmente previne doenças cardíacas? É seguro dizer que os benefícios da suplementação com óleo de peixe para a saúde do coração foram significativamente exagerados. Como mencionei anteriormente, estudos inicialmente descobriram que o óleo de peixe era benéfico para doenças cardíacas, particularmente a curto prazo e para a prevenção secundária.. (1) Mas a maioria das evidências disponíveis agora sugere que o óleo de peixe não oferece benefícios para prevenir ou melhorar a doença cardíaca.
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Por exemplo, dois ensaios clínicos randomizados (RCTs) publicados em 2010 descobriram que em adultos com doença cardíaca preexistente, a suplementação a longo prazo (mais de três anos) com óleo de peixe não teve impacto significativo sobre desfechos cardiovasculares. (2, 3) Alguns outros estudos analisaram o efeito da suplementação de óleo de peixe em curto prazo sobre a fibrilação atrial, e nenhum deles descobriu que o óleo de peixe melhorava os resultados dos pacientes.. (4, 5, 6) Uma meta-análise de ECRs em 2012, com foco em endpoints cardiovasculares, descobriu que o óleo de peixe não reduzia eventos cardiovasculares ou morte e concluiu que as evidências não suportam o uso de suplementos de óleo de peixe para a prevenção secundária de doença cardíaca. (7) Três outras metanálises publicadas desde então chegaram a conclusões semelhantes. (8, 9, 10) Alguns estudos ainda apresentam resultados positivos. Por exemplo, uma meta-análise publicada em 2013 encontrou um efeito protetor do óleo de peixe na prevenção de morte cardíaca, morte súbita e infarto do miocárdio.. (11) É possível que o óleo de peixe seja benéfico para uma pessoa e prejudicial para outra? #fishoilMas há também estudos com resultados negativos. Em 2010, escrevi um artigo destacando um estudo em que a suplementação de óleo de peixe em longo prazo resultou em um aumento de doenças cardíacas e morte súbita e outro que encontrou aumento dos níveis de LDL e resistência à insulina em pessoas que tomaram 3g por dia de óleo de peixe.. (12, 13) No geral, a maioria dos estudos não mostra benefícios nem prejuízos ao suplementar com óleo de peixe para doenças cardíacas.. O óleo de peixe melhora a síndrome metabólica? A síndrome metabólica é uma coleção de sintomas e biomarcadores que freqüentemente precede doenças cardíacas ou diabetes.. Do lado positivo, um RCT publicado recentemente descobriu que, em adultos com síndrome metabólica, a suplementação com 3g / d de óleo de peixe, juntamente com 10 ml / d de azeite durante 90 dias, melhorou vários marcadores sanguíneos.. Isso inclui uma diminuição estatisticamente significativa de triglicerídeos e colesterol LDL, uma melhora na relação LDL / HDL e melhores marcadores de estresse oxidativo..
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(14) É interessante notar que o grupo do óleo de peixe mais do azeite teve melhores resultados do que o grupo do óleo de peixe ou do azeite.. Uma possível razão para isso é que o azeite de oliva é rico em antioxidantes e pode ter protegido contra o risco potencialmente maior de dano oxidativo por consumir mais gordura poliinsaturada.. No lado negativo, um estudo recente em mulheres com síndrome metabólica constatou que 3g / d de óleo de peixe resultou em um aumento no colesterol LDL, glicose no sangue e marcadores de resistência à insulina após 90 dias, embora eles observaram uma diminuição na pressão sanguínea.. (15) E em homens com sobrepeso, a suplementação com 5g por dia de óleo de krill e salmão resultou em aumento da resistência à insulina após oito semanas, em comparação com um controle de óleo de canola.. (16) Finalmente, um RCT impressionantemente grande envolvendo mais de 12.500 pacientes com diabetes, glicemia de jejum elevada ou tolerância à glicose diminuída descobriu que a suplementação com 1g / d de ômega-3 por seis anos não reduziu os desfechos da doença em comparação com placebo. Os endpoints medidos incluíram a incidência de eventos cardiovasculares, morte por eventos cardiovasculares e morte por todas as causas. (17) Como você pode ver, a evidência para a suplementação de óleo de peixe para a síndrome metabólica é mista, com alguns estudos mostrando um benefício, outros mostrando danos, e outros ainda não mostrando nenhum efeito significativo de qualquer maneira.. O óleo de peixe pode prevenir o câncer? Ou o óleo de peixe causa câncer? Muitos de vocês provavelmente se lembram das manchetes de 2013 proclamando que o óleo de peixe pode aumentar o risco de câncer de próstata (18). Mas, apesar da extensa atenção da mídia conquistada pelo estudo, é na verdade um dos casos mais fracos que foram trazidos contra o óleo de peixe.. Acredite ou não, o estudo em questão não teve nada a ver com óleo de peixe, ou mesmo com suplementos de ômega-3.. Os pesquisadores simplesmente mediram os níveis circulantes de ácidos graxos ômega-3 em homens com e sem câncer de próstata e descobriram que homens com câncer de próstata tendem a ter concentrações mais altas de ômega-3 no sangue.. Existem várias razões para isso ser o caso; por exemplo, algumas evidências indicam que ter câncer de próstata pode aumentar os níveis de ômega-3 no sangue, ou que certos polimorfismos genéticos podem aumentar tanto o ômega-3 circulante quanto o risco de câncer. Não demorou muito para que outros pesquisadores publicasssem uma série de comentários apontando essas possibilidades, mas a mídia já havia tomado o óleo de peixe que causa a postura do câncer e corre com ele.. Mais recentemente, uma meta-análise descobriu que, em geral, o consumo de ômega-3 está associado a uma diminuição do risco de câncer de próstata, mas que a correlação é muito fraca para ser estatisticamente significativa.. (19) Em 2016, uma meta-análise maciça analisou 44 estudos e concluiu que a suplementação com ômega-3 não teve efeito sobre a mortalidade por câncer de próstata (20).. Um punhado de comentários descobriu que a ingestão de óleo de peixe foi associada a um menor risco de câncer de mama, embora nenhuma distinção tenha sido feita entre suplementos de óleo de peixe e consumo de peixe..
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(21, 22) E um ECR publicado em 2012 constatou que a suplementação com 600mg de ômega-3 por dia não teve efeito sobre o risco de câncer em homens, mas aumentou o risco de câncer em mulheres. (23) Assim como as doenças cardíacas e a síndrome metabólica, a pesquisa sobre o ômega-3 e a suplementação com óleo de peixe sobre o câncer é decididamente mista. Altos níveis de produtos oxidativos encontrados em suplementos de óleo de peixe Recentemente, a atenção tem sido atraída para a qualidade de suplementos de óleo de peixe vendidos sem receita médica.. Ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, incluindo DHA e EPA, são especialmente suscetíveis à oxidação devido a ligações duplas de carbono em múltiplos locais. Luz, exposição ao oxigênio e calor podem contribuir para a oxidação. Lipídios oxidados têm sido associados a uma série de problemas de saúde, incluindo toxicidade de órgãos e aterosclerose acelerada, os resultados exatamente opostos geralmente desejados por aqueles que complementam com óleo de peixe.. (24) Em 2016, os três principais suplementos vendidos de óleo de peixe nos Estados Unidos mostraram ter níveis de oxidação até quatro vezes maiores que os níveis seguros recomendados.. (25) Uma advertência deste estudo alarmante é que os níveis de oxidação foram normalizados por 1g de ômega-3 nos suplementos, em vez do padrão de normalização da indústria por 1g de óleo de peixe.. Embora isso infle suas três medidas de oxidação, todas as três marcas de óleo de peixe ainda estavam acima dos níveis aceitáveis de peroxidase e TOTOX, enquanto um (em vez dos dois relatados) estava acima dos níveis aceitáveis de anisidina se normalizado por 1g de óleo de peixe. Como as medições do nível de oxidação dos suplementos de ômega-3 aumentaram nos últimos anos, este tem sido o achado comum. Estudos examinando suplementos de óleo de peixe disponíveis em todo o mundo, incluindo no Canadá, Nova Zelândia e África do Sul, mostram consistentemente que uma grande maioria (até 80%!) Excede pelo menos uma das medidas de níveis aceitáveis de oxidação.. (26, 24, 27) Também é digno de nota que a maioria desses suplementos contém níveis mais baixos de DHA e EPA do que os rótulos alegam, provavelmente em parte devido à oxidação.. Além disso, o estudo mais recente de 2016 demonstrou que os suplementos de ômega-3 vendidos sem receita tinham uma capacidade diminuída de inibir a oxidação de LDL pequena e densa em um ambiente de laboratório em comparação com os ácidos graxos ômega-3 puros. (25) Isso significa que quaisquer supostos benefícios que os suplementos de ômega-3 possam ter sobre os lipídios do sangue poderiam ser completamente neutralizados pelos lipídios oxidados também contidos nas pílulas.. No geral, sou bastante cauteloso com a maioria dos produtos vendidos sem receita por aí. Você deve tomar óleo de peixe? Para evitar fazer este artigo por tanto tempo que ninguém vai lê-lo, eu não incluí pesquisas sobre óleo de peixe e outros aspectos da saúde, incluindo saúde mental, saúde da pele, gravidez e função cognitiva..
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Como você pode imaginar, a pesquisa sobre a suplementação com óleo de peixe para prevenir ou melhorar essas condições também é um pouco confusa, com alguns estudos demonstrando benefícios significativos e outros mostrando nenhuma mudança.. Este é certamente um tema importante, e eu estou contente de ver um forte interesse nisso na comunidade de pesquisa. Eu continuarei a seguir a literatura e atualizar minhas recomendações se e quando novas evidências vierem à luz, mas por enquanto é isso que eu sugeriria: Se você é geralmente saudável, a melhor estratégia é consumir cerca de 12 a 16 onças de peixe gordo ou marisco com água fria toda semana. Sempre que possível, alimentos integrais são sempre minha primeira recomendação. A maioria dos estudos mostra uma relação inversa entre o consumo de peixe e doenças cardíacas e mortalidade, assim, enquanto o óleo de peixe não pode protegê-lo, comer peixe parece. Talvez isso ocorra porque peixes e mariscos contêm muitos outros nutrientes benéficos que o óleo de peixe não contém, incluindo selênio, zinco, ferro e proteínas altamente absorvíveis.. (Felizmente, a maioria dos peixes gordurosos e moluscos com água fria também tem baixo teor de mercúrio e outras toxinas, e o mercúrio nos peixes pode não ser um problema tão grande quanto alguns nos levaram a acreditar. ) Se você não come peixe (por qualquer razão), sugiro suplementar com 1 colher de chá de óleo de fígado de bacalhau com alto teor de vitamina.. 2 g de EPA + DHA, é rico nas formas ativas de vitamina A e vitamina D, sendo que ambos são difíceis de obter em outras partes da dieta. Há muito poucos estudos sugerindo a possibilidade de dano da suplementação com 1 grama ou menos de óleo de peixe por dia, e então eu acho que uma colher de chá de óleo de fígado de bacalhau por dia provavelmente é segura mesmo para aqueles que comem peixe regularmente e benéfico para aqueles não comer fígado ou outros alimentos que contenham vitamina A ativa. O meu óleo de fígado de bacalhau favorito actual é o Óleo de Fígado de Bacalhau Virgem Extra Rosita, uma vez que esta empresa demonstrou consistentemente níveis muito baixos de produtos oxidantes de testes laboratoriais independentes. Com base nas evidências que revisei neste artigo, eu não recomendaria o consumo de altas doses de óleo de peixe. Se você optar por tomar uma dose maior de óleo de peixe, eu me certificaria de consumir muitos alimentos ricos em antioxidantes, como o azeite de oliva; amoras; nozes; verduras escuras e frondosas; e chocolate amargo.
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Acho que ainda temos muito o que aprender sobre esse assunto. Um dos desafios é que os efeitos das gorduras poliinsaturadas na fisiologia geral são complexos e provavelmente dependem de múltiplos fatores que podem variar individualmente, incluindo oxidação descontrolada, produção de eicosanóides, efeitos na membrana celular e transdução de sinal via receptores de ácidos graxos especializados (i. Isso pode explicar por que vemos uma variação tão grande nos resultados do estudo. É possível que 3g / d de óleo de peixe seja benéfico para uma pessoa e prejudicial para outra? absolutamente. Infelizmente, neste momento é difícil prever essa resposta individual com precisão e certeza, então eu acho que a abordagem conservadora que eu sugeri acima é provavelmente a mais sensata até que nós aprendamos mais. Você toma um suplemento de óleo de peixe? Se sim, isso fez você repensar sua decisão? Por que ou por que não? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo! Como o que você leu? Inscreva-se para obter atualizações GRATUITAS entregues na sua caixa de entrada. Ao se inscrever, você concorda com nossa política de privacidade.
O óleo de peixe pode não ser o remédio que costuma ser anunciado e, em alguns casos, pode até causar problemas. DmitriyDanilchenko / iStock / ThinkstockNota: Este artigo foi originalmente publicado em junho de 2015 e foi atualizado em janeiro de 2017 para incluir as últimas pesquisas. Minhas recomendações originais ainda estão de pé, e o caso da suplementação de óleo de peixe em altas doses se tornou ainda mais fraca. Os suplementos de óleo de peixe continuam ganhando popularidade, mas a pesquisa que sustenta sua eficácia é instável. Por mais de uma década, o óleo de peixe tem sido elogiado por médicos, nutricionistas e entusiastas da saúde poltrona tanto como uma cura perto de tudo para a saúde. Se você tem doenças cardíacas, depressão, diabetes ou problemas comuns ou de pele, ou apenas quer se manter saudável, alguém provavelmente lhe disse para tomar um suplemento de óleo de peixe.. A noção geral era de que poderia ajudar e, no mínimo, não poderia ferir. Infelizmente, esse não é necessariamente o caso. O óleo de peixe realmente previne doenças cardíacas? É seguro dizer que os benefícios da suplementação com óleo de peixe para a saúde do coração foram significativamente exagerados. Como mencionei anteriormente, estudos inicialmente descobriram que o óleo de peixe era benéfico para doenças cardíacas, particularmente a curto prazo e para a prevenção secundária.. (1) Mas a maioria das evidências disponíveis agora sugere que o óleo de peixe não oferece benefícios para prevenir ou melhorar a doença cardíaca.